Conhecendo a Ginástica Artística

                Olá, pessoal! Tudo bem?

               Demorei para aparecer, mas, finalmente, bem-vindos à primeira postagem da série "Conhecendo as Ginásticas Competitivas", que anunciei na última postagem. Só relembrando, a ideia é apresentar um pouco das modalidades gímnicas que compõem a Ginástica Geral (GG), tentando mostrar como cada uma dessas ginásticas pode influenciar um trabalho de GG. Mas é sempre bom reforçar que na GG cabem diveeeersas manifestações além das ginásticas, como esportes, danças, expressões folclóricas, entre outras.

               Mas optei por começar pela Ginástica Artística (GA), por ser a ginástica competitiva mais conhecida por nós, brasileiros. Isso graças a campanha de nossos ginastas dessa modalidade nos últimos anos, como os irmãos Hipólito (Diego e Daniele), Daiane dos Santos, Jade Barbosa, Artur Zanetti, entre outros. Se você se lembrou de algum desses nomes (se não lembrou, vá no Google e se atualize, por favor!!), provavelmente se lembrou daqueles saltos mortais e super acrobacias que aparecem na TV na época de... hum... na época em que a mídia se lembra de ginástica..rs (Jogos Olímpicos e Panamericanos, né?!). Enfim, essa ginástica que eles praticam é a GA.

               Muita gente ainda conhece a GA por Ginástica Olímpica (GO), pois esse era o nome da modalidade quando esta se tornou popular, através da sua inclusão nos Jogos Olímpicos de Berlim, em 1936. No entanto, com a popularização das outras ginásticas, em especial da Ginástica Rítmica e da Ginástica de Trampolim, que também se tornaram modalidades olímpicas (em 1980 e 2000, respectivamente), e também por existirem diversos outros campeonatos de GA além das Olimpíadas, como a Copa do Mundo de GA,  viu-se necessário mudar o nome do esporte. Resumindo, se essa NÃO é a única ginástica dos Jogos Olímpicos e se ela também NÃO acontece só nas Olimpíadas, não há sentido para ser chamada de GO, concordam?!

               Uma forma simples de diferenciar a GA das outras ginásticas competitivas, é lembrar que a GA é aquela ginástica dos grandes aparelhos, ou aparelhos de grande porte. E as provas da GA são realizadas nesses aparelhos, sendo alguns apenas para os homens, outros apenas para as mulheres, e outros que são utilizados por ambos os gêneros:

               Provas (aparelhos) masculinas:

               Cavalos com Alças, Argolas, Solo, Salto sobre a Mesa, Barras Paralelas e Barra Fixa.

Cavalo com Alças / Argolas / Solo

Salto sobre a Mesa / Barras Paralelas / Barra Fixa

               Provas (aparelhos) femininas:

               Solo, Salto sobre a Mesa, Barras Paralelas Assimétricas e Trave de Equilíbrio.

Solo / Salto sobre a Mesa / Barras Paralelas Assimétricas / Trave de Equilíbrio

               Portanto, tanto homens como mulheres praticam a GA. A diferença é que as provas masculinas exigem dos homens maior força e resistência, enquanto que para as mulheres a exigência maior está no equilíbrio e na expressividade dos movimentos (principalmente no Solo e na Trave), ainda que ambos precisem de força, resistência, equilíbrio e expressividade. Também é necessário flexibilidade, coordenação e potência para os elementos da GA, como saltos, reversões, flics, rolamentos, entre tantos outros.

Alguns dos elementos básicos da GA:
ponte, avião, estrela, salto grupado.

               Como tudo nessa vida, a aprendizagem da GA acontece do simples para o complexo, ou seja, primeiro aprende-se um rolamento grupado para frente no solo (a popular "cambalhota") para que um dia seja possível aprender um salto mortal grupado (que nada mais é do que uma "cambalhota" no ar). Dessa forma, aprende-se primeiro as posturas básicas da GA (posição estendida, grupada, carpada unida, carpada afastada), além de elementos acrobáticos simples como rolamentos, a estrela e os saltos básicos, posições de equilíbrio estático, como o avião, e de flexibiildiade, como a ponte. 

               E é importante destacar que os elementos técnicos aprendidos são importantes para todos os aparelhos. Ou seja, a "cambalhota" é importante tanto no Solo, quanto no Salto sobre a Mesa, como nos movimentos exigidos nas Barras Paralelas, nas Argolas, etc. Os aparelhos estão interligados e, portanto, se complementam, ainda que um ginasta possa ter maior facilidade ou dificuldade para um ou outro aparelho em especial. 

               Quanto mais complexo um elemento técnico, maior é a sua pontuação em um campeonato de GA; um mortal vale muito mais que uma estrela, por exemplo. Mas essa pontuação também depende da forma como esses elementos são executados, ou seja, uma estrela executada perfeitamente pode render mais pontos que um mortal mal executado. 

               Aliás, uma crítica que existe em relação à GA, é que a parte artística da modalidade às vezes é um pouco "apagada," devido ao pouco valor que ela possui em relação aos elementos acrobáticos complexos. As sequências dos ginastas acabam se tornando muito parecidas (as vezes acaba sendo chato até de assistir..). Mas de qualquer forma, a GA não deixa de ser um esporte FANTÁSTICO, como mostra o vídeo abaixo:

 

Montagem de Ginástica Artística

               Mas e como a GA se relaciona com a GG? Será que é possível utilizar esses aparelhos de grande porte numa coreografia de GG? E os elementos técnicos, como se encaixam? Ahh....mas isso é tema para a próxima postagem...hehe. O que importa é que agora você já sabe ao menos identificar qual é a GA, certo?! Então até breve!

                Fonte: ginasticas.com (para conhecer um pouco mais sobre a GA).

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Essa postagem faz parte da série "Conhecendo as Ginásticas Competitivas". Confira:

* Conhecendo as Ginásticas Competitivas
* A Ginástica Artística na Ginástica Geral 
* Conhecendo a Ginástica Acrobática
 

E muito mais no Blog GG ;)